<$BlogRSDUrl$>

sexta-feira, outubro 31, 2003

And counting 


O marcador marca 1!
E se marca, é porque é verdade.
Nunca duvidar do marcador, por favor.

0 comments

Post a Comment

Rebel without a cause 


Recebi uma sms tentando cativar-me para usar mais um utilíssimo serviço: "tornar-me feiticeiro por um dia".
O texto que se seguia remetia confusamente para a possibilidade de enviar eu próprio sms com um logo de feiteiceiro.
Pelo menos, penso que era essa a ideia (temo já ter dificuldades em perceber o jargão).

De mim, estas promoções nunca ganharão um tostão. Diria mesmo, nem sequer um cêntimo.

Tenho mesmo um prazer infantil em me auto-excluir destas tolices, alimentando a ilusão de estar de alguma forma a preservar um lugar instável na escala da evolução e, como bónus, a prejudicar o "grande capital explorador".

Como imaginam, o "grande capital explorador" tem sofrido muito com as minhas tomadas firmes de posição. Confirmei-o mesmo há pouco, quando recebi por sms o noticiário anarquista que assino.

0 comments

Post a Comment

Barão provinciano 



Foge cão, que te fazem barão.
Para onde, se me fazem conde?

Miguel Horta e Costa, presidente da Portugal Telecom, foi feito barão por D. Duarte Pio.
Segundo disse ao EXPRESSO o gabinete do herdeiro da Coroa portuguesa, D. Duarte autorizou o presidente da PT a utilizar o título «barão Miguel António Horta e Costa», explicando que se tratou de «um caso de excepção, atendendo aos seus méritos e à sua tradição familiar».
Expresso 25 Outubro 2003

O que haverá de mais provinciano do que ser barão?
O meu pai sempre me disse que a verdadeira nobreza é discreta.

0 comments

Post a Comment

Why don't you 


http://www.understandingduchamp.com/

0 comments

Post a Comment

quinta-feira, outubro 30, 2003

Provérbios e outros dizeres 


Cada vez gosto mais da ideia
"Se Maomé não vai à montanha, a montanha vai a Maomé"
No início, por ser contra-intuitivo, estranha-se.
Depois, insidiosamente, vislumbra-se a beleza desta descrição do destino.

O que me lembra como aprecio imenso a sabedoria popular:

"Quem espera, desespera"
"Quem espera, sempre alcança"

A dualidade do dia-a-dia preservada nos ditos mais telegráficos.
Por alguma razão o tempo deixou sobreviver, destilados ao longo de gerações, estes pensamentos. Foi porque sintetizam algo de válido, provado (e ancilosado) no conservadorismo.

0 comments

Post a Comment

Nice mice 


De homens e ratos se fazem os dias.
De simpatias e maldades escusadas também.

0 comments

Post a Comment

quarta-feira, outubro 29, 2003

Melhorias ansiadas 


Um contador, dois contadores, três contadores, quatro contadores...

0 comments

Post a Comment

segunda-feira, outubro 27, 2003

Governo sombra do país sombra 


Nomeações para o primeiro governo sombra do país sombra

A partir de hoje, aceitam-se CVs para proceder a rigoroso processo de selecção para a constituição do primeiro governo sombra do país sombra.

A coordenação do processo de recrutamento estará a cargo da Fundação Mike Patton para a Cultura e Desinformação.

0 comments

Post a Comment

Quadro de sonho, sonho em quadro 


Drinking from a broken glass

Se soubesse pintar, fazia-o. Um quadro com esse título. Com esse conceito. Com esse conteúdo.

Alguém a beber por um copo partido, um copo que se parte enquanto se bebe (Drinking from a braking glass?), alguém que continua a beber sabendo que os pequenos pedaços de vidro se dirigem para a garganta.

Só o pensamento me faz arrepiar o corpo e enrugar e dobrar a alma.
Mas todos bebemos desses cálices por vezes, não é verdade?

0 comments

Post a Comment

Dicionário 


Deus

ser supremo, infinito, perfeito, criador do Universo;
causa primeira e fim de todas as coisas;

fig.,
indivíduo que, pelas suas elevadas qualidades, se impõe à veneração dos homens;
objecto de viva e profunda afeição e do mais fervoroso desejo

Estética

do Gr. aisthetiké, sensível

ciência do belo nas produções naturais e artísticas;
filosofia do belo na arte;
designação aplicada a partir do séc. XVIII, por Baumgarten, à ciência filosófica que compreende o estudo das obras de arte e o conhecimento dos aspectos da realidade sensorial classificáveis em termos de belo ou feio

0 comments

Post a Comment

Uma pequena pérola financeira 


Um passeio pela Baixa ao fim de semana.
Ok, alguém que vá passear pela Baixa ao fim de semana está a pedi-las. E portanto recebe-as.
E assim foi comigo. Ora vejam.

Parado no semáforo, praça D. João I.
Os meus olhos percorrem a paisagem urbana. Para além da ocasional msg (miúda super gira - poderemos desenvolver a nomenclatura noutra ocasião), chama-me a atenção um belo representante do comércio tradicional da Baixa (sempre que ouço a expressão "Comércio tradicional", "I reach for my gun"; felizmente não tenho nenhuma).
Dei outra olhada. Era um banco, não o orvalho nem a neve. Um banco de dinheiro, não de jardim. Um banco de dinheiro com um reclame luminoso. Um banco de dinheiro com um reclame luminoso na Baixa.

Partilhando connosco o serviço público que o banco presta, não só na Baixa, entenda-se, mas por todo o país, o reclame fazia passar os seguintes dizeres, em loop, no meio de bla, bla, bla:

"Contas, facturas e outras chatices, nós pagamos!"

Precisei de uma pausa para compreender todo o alcance da expressão.
De forma cívica, deixei passar todo o sinal verde enquanto processava mais calmamente a informação, assim evitando sair disparado com o meu bólide à procura de cidadãos incautos para atropelar, fora ou dentro do passeio, como escape legítimo para o estímulo subliminar proveniente deste novo serviço financeiro.

Contas, facturas e outras "chatices".
Que delícia. Até esqueço a mentira descarada do "nós pagamos". Sublinho as chatices. Quem não as tem, afinal?
Repitámos todos: contas, facturas e outras chatices.

Rebolei de riso, deixando passar outro sinal verde, por segurança, sob o olhar irado dos 203 condutores que se acumulavam na fila.
Quando caíu o amarelo, saí disparado a 180 à hora à procura de outra agência bancária. Estava certo que a concorrência feroz e saudável teria levado este novo serviço a um novo patamar.

Ansiava pelo banco que me garantisse, em público, a cores e em bom português: "Contas, facturas e outras m#%&"!, nós pagamos!"


0 comments

Post a Comment

sexta-feira, outubro 24, 2003

A língua dos portugueses 


Permito-me chamar a atenção para a dinâmica dos portugueses, que transvasa para a evolução da própria linguagem.
Podemos valorizar especialmente a dialéctica dos usos figurados das palavras, fruto da nossa relação tão especial com o sonho, desdobrando-nos com tanto à-vontade em algo e no seu oposto, e do nosso contacto tão difícil com a realidade.

Despoletar

1. (sentido original) tirar a espoleta a; tornar impossível o disparo ou a explosão

2. (figurado) travar o desencadeamento

3. (figurado) desencadear (uso generalizado)

Dicionário da Língua Portuguesa, Porto Editora, 2003

0 comments

Post a Comment

Am I the boss? 


Há dias em que agradeço a Deus que não haja autorização para qualquer idiota ter armas em Portugal.
Dessa forma eu em particular estou um passo mais longe de pegar numa pistola metralhadora de calibre de guerra e estoirar com o escritório.

Ok, não com o escritório, que não tem culpa nenhuma (e está até convenientemente protegido pela Declaração Universal dos Direitos dos Escritórios, pela Liga dos Amigos dos Espaços de Tortura e pela Rede Natura). Bastava assustar algumas pessoas com o metal frio do cano apontado às suas partes intímas.

0 comments

Post a Comment

O título é... títalo 


Depois de insistentes pedidos de centenas, para não dizer mesmo dezenas, de leitores (na verdade, da minha única leitora), decidi manter o mistério e suspense relativo ao porquê do nome do blog.

0 comments

Post a Comment

Um pólo por dia 


Serei eu ou há algo de nazi nos anúncios da Polo Ralph Lauren (PRL)? Algo de geneticamente perfeito, que me deixa desconfortável.
Lembram-se do 007 Moonraker, em que o Jaws se apercebe, ao olhar em volta, que os seus 2,3 m de moreno e o 1,5 m da sua namorada com tranças não correspondem ao perfil médio do grupo de eleitos para sobreviver à catástrofe global (tipo 12 Monkeys) que se avizinha?
O pânico do seu esgar pouco subtil diz tudo (Ok, o homem não era o Lawrence Olivier, mas percebem o que quero dizer).

Pausa. Eu aprecio verdadeiramente a beleza humana. Permitam-me repetir este belo pensamento: eu aprecio verdadeiramente a beleza humana.
Não será difícil de acreditar que não me canso de a olhar, especialmente no sexo feminino.
E reconheço ainda que o sentimento de exclusão causa muitas vezes uma rejeição ressabiada do grupo a que se deseja pertencer (naturalmente, falo num plano apenas hipotético, tendo em conta que, geneticamente, estarei algures entre o Brad Pitt e o Leonardo di Caprio, mas para melhor).

Mas não haverá algo de muito bom, muito mau na plasticidade do mundo PRL? Talvez porque as imagens se acompanham de uma música límpida e cortante ou porque a ausência de palavras acentua o valor central, autónomo daquelas belezas frias. Acho que é essa a ideia que me afecta mais, a do isolamento, meu por certo, mas também deles.

Estou aliás certo que "eles" estão muito preocupados com o meu e o seu (deles) isolamento e que meditam muito sobre este assunto, refastelados no sofá da sua penthouse milionária com vista para o mar, ao longe, sorvendo pequenos goles de Möet Chandon enquanto acariciam reciprocamente as suas belezas.

0 comments

Post a Comment

dEUS, na plenitude 

Dream Sequence #1

My little dreamone, you O. K.?
I'm thinking about you everyday
along with your smile, I took my belongings
along with the sunshine, I went away
There is a space here, there is a void
I need to find, a little more time gimme time
Of all of the fuckups that I do
I've saved up the best one for you
heaven and moonshine, you gotta be kidding
you wanted to give it a try and I didn't
I never wanted to be looking back
I need to find a little more insight gimme insight
I'm getting better everyday
I just don't care what they say
people are talking, they were talking before
they don't even know who we are anymore
I never wanted to be looking back
I need to find, some peace of mind gimme peace of mind

My little dreamone, you O. K.?
I'm thinking about you everyday
along with your smile, I took my belongings
along with the sunshine, I went away
There is a space here, there is a void
I need to find, a little more time gimme time

Whispered in
The way you cling
We find made
Our special thing
Stone Madly I
Hellbent on my
Coming for you

0 comments

Post a Comment

One of my very favourite lines-poem-lyrics 


Along with your smile, I took my belongings
Along with the sunshine, I went away

0 comments

Post a Comment

Séneca, não confundir com sena 


It is not because it is difficult that we are not starting it,
it is difficult because we are not starting it.

Claro que o original deve estar em Latim mas para quem é, Inglês basta.

0 comments

Post a Comment

quinta-feira, outubro 23, 2003

A arte das máquinas

A GNR comprou há cinco anos uma máquina de impressão, por módicos 200 mil euros.
Como a GNR, ciosa do dinheiro do contribuinte, gosta das coisas cuidadas, a máquina continua empacotada. Por coincidência, nunca foi usada.
O equipamento devia servir para imprimir internamente a publicação de referência (Público, cuida-te) "Pela Lei e Pela Grei»". Para os mais distraí­dos, grei é uma tinta especial de cor cinza, usada para colorar os bigodes dos guardas.

A justificação dada para a ocorrência (belo termo, este) foi não ser possí­vel montar o centro gráfico nas instalações do quartel da Graça, sendo também impossí­vel transportar o equipamento para o quartel do Carmo. Claro.
Naturalmente, congratulamo-nos com esta resposta razoável e convincente, demonstradora das qualidades de planeamento e decisão firme que felizmente caracterizam as nossas forças militarizadas, um espelho do paí­s.

Na tentativa de minimizar os estragos, o Comando Geral estuda a possibilidade de pedir ao Tribunal de Contas uma autorização especial para que o equipamento seja trocado. Surpreendentemente, a empresa não «se mostra interessada» na proposta dos antigos clientes, que implicaria devolver equipamento obsoleto. Aquando do telefonema recebido do comandante da GNR, terá mesmo ficado registado em fita magnética o riso histérico do gerente.

0 comments

Post a Comment

Mais uma semana que passa a voar. Imagino que isto não vos interesse nada mas tenham lá paciência, interessa-me a mim, que passo assim os dias. Além disso, preciso de alguma prática junto do teclado e qualquer desculpa devia ser boa. Não que a escrita não seja rápida, é-o com certeza, fruto desta simbiose quotidianamente vivida com o computador. É antes a mente, que além de pensos rápidos, como diria a Mafalda, precisa de reconquistar o seu espaço de liberdade. Precisa, para mim.

0 comments

Post a Comment

segunda-feira, outubro 20, 2003

Serralves, num fim de semana chuvoso com abertas de sol que valem ouro.
A meio da tarde, depois de beber as palavras da Magda, a professora de História de Arte que nos leva a pensar "Isto é Arte?", os raios de sol, no ar mais lí­mpido, pintam o verde cá em baixo e recortam as nuvens lá em cima.
As horas anteriores foram também um esforço para de clarear ideias, pintar e recortar definições.

0 comments

Post a Comment

sexta-feira, outubro 17, 2003

Blog Antonino
Dia 1
Primeiro de uma série de... um.
Vamos começar de forma despretensiosa, com um começo.
Até porque mais difí­cil é o primeiro? Ou talvez não. Difícil é a consistência de um conjunto.
O que me lembra, qual vai ser o tom do Antonino? Os meus escritos de universidade tinham um tom jocoso que hoje me faz alguma saudade. Ou mais falta que saudade.
Mas agora sou um homem grande, um homem-blog.
Até já, fiquem bem.

0 comments

Post a Comment

This page is powered by Blogger. Isn't yours?