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quarta-feira, novembro 26, 2003

Tempo 


Passou um ano. Passaram vários, já alguns.
Dantes não era assim: a primária durou uma eternidade, o liceu teve tempo para reflectir no tempo, a faculdade encheu uma extendida largura de banda de 5 anos.
Será que os mais velhos fecham os olhos e o tempo passa assim mais rápido?
Perdemos em atenção?

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Cinza 


O que seria de nós sem os dias cinzentos?
Este lembra-me passeios no nevoeiro, um manto que esconde a paisagem habitual e nos coloca num mundo diferente.

Com sol, com nuvens, com chuva, com granizo, com neve, com nevoeiro, com vento;
com as cores da manhã, com as cores do meio-dia, com as cores do entardecer;
uma diversidade impossível, uma experiência tão valiosa.

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segunda-feira, novembro 24, 2003

Pais-filhos-pais 


Penso que foi Edgar Morin que disse que a nossa espécie prova repetidamente ter uma falha estrutural quando as gerações que se sucedem se revelam incapazes de comunicar eficazmente acerca dos fundamentais das suas vidas.

Cada geração, na essência, enfrenta os mesmos problemas e repete os mesmos erros, com evoluções marginais.
Talvez seja essa margem a única forma de conquistar espaço para as inovações, para os saltos qualitativos, mas parece um desperdício enorme e uma limitação gravosa que se deixe tanto por dizer e ouvir.

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quinta-feira, novembro 20, 2003

Help 


Bawl: to shout loudly and without restraint

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RadioHead, again and again, as music is your friend 


Sulk

You bite through the big wall, the big wall bites back
You just sit there and sulk, sit there and bawl
You are so pretty when you're on your knees
Disinfected, eager to please

Sometimes you sulk, sometimes you burn
God rest your soul
When the loving comes and we've already gone
Just like your dad, you'll never change

Each time it comes it eats me alive
I try to behave but it eats me alive
So I declare a holiday
Fall asleep, drift away

Sometimes you sulk, sometimes you burn
God rest your soul
When the loving comes and we've already gone
Just like your dad, you'll never change

Sometimes you sulk, sometimes you burn
God rest your soul
When the loving comes and we've already gone
Just like your dad, you'll never change

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RadioHead again 


Lucky

I'm on a roll, I'm on a roll
This time, I feel my luck could change
Kill me Sarah, kill me again with love
It's gonna be a glorious day

Pull me out of the aircrash
Pull me out of the lake
I'm your superhero
We are standing on the edge

The Head of State has called for me by name
But I don't have time for him
It's gonna be a glorious day
I feel my luck could change

Pull me out of the aircrash
Pull me out of the lake
I'm your superhero
We are standing on the edge

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RadioHead 


How to disappear completely

That there
That's not me
I go
Where I please
I walk through walls
I float down the Liffey
I'm not here
This isn't happening
I'm not here
I'm not here

In a little while
I'll be gone
The moment's already passed
Yeah it's gone
And I'm not here
This isn't happening
I'm not here
I'm not here

Strobe lights and blown speakers
Fireworks and hurricanes
I'm not here
This isn't happening
I'm not here
I'm not here

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BI 


Quando nos apresentamos, o que dizemos?
Fulano de tal e depois?

Profissão, cidade de estada, estado civil, clube de futebol?
O que nos define afinal?

Se ficar apenas a assinatura, pelo menos evitamos enfados.

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Odisseia 


Ontem ouvi o Secretário de Estado do Turismo a criticar o comportamento da selecção portuguesa nos balneários franceses.

O que me chamou mais a atenção, para além da demonstração de bom senso (sem demagogia populista), foi a linguagem viciada. Os jogadores foram descritos como guerreiros envolvidos num combate duro e valente, tornado menos digno apenas pelos desacatos subsequentes.

Insidiosamente, até na crítica se sente a linguagem inquinada: um jogo não é uma epopeia, os jogadores não são combatentes heróicos. São jovens de vinte e poucos anos a jogar futebol.

Falar desta forma de trivialidades gasta as palavras para o que é importante e ajuda a perpetuar o fenómeno que pretende criticar.

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Is murder meat? 


http://www.themeatrix.com

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quarta-feira, novembro 19, 2003

Bruni, Carla Bruni, c'est vrai 


On me dit que nos vies ne valent pas grand chose,
Elles passent en un instant comme fanent les roses.
On me dit que le temps qui glisse est un salaud
Que de nos chagrins il s'en fait des manteaux
Pourtant quelqu'un m'a dit...

Que tu m'aimais encore,
C'est quelqu'un qui m'a dit que tu m'aimais encore.
Serais ce possible alors ?

On me dit que le destin se moque bien de nous
Qu'il ne nous donne rien et qu'il nous promet tout
Parait qu'le bonheur est à portée de main,
Alors on tend la main et on se retrouve fou
Pourtant quelqu'un m'a dit ...

Mais qui est ce qui m'a dit que toujours tu m'aimais?
Je ne me souviens plus c'était tard dans la nuit,
J'entend encore la voix, mais je ne vois plus les traits
"Il vous aime, c'est secret, lui dites pas que j'vous l'ai dit"
Tu vois quelqu'un m'a dit...

Que tu m'aimais encore, me l'a t'on vraiment dit...
Que tu m'aimais encore, serais ce possible alors ?

On me dit que nos vies ne valent pas grand chose,
Elles passent en un instant comme fanent les roses
On me dit que le temps qui glisse est un salaud
Que de nos tristesses il s'en fait des manteaux,
Pourtant quelqu'un m'a dit que...

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sexta-feira, novembro 14, 2003

Round and round 


De propinas propinorum

Em abstracto, não devia haver propinas.
A educação de nível superior é um investimento no futuro de todos e, assim sendo, deveria ser financiada por todos, isto é, pelos impostos e não por taxas ou propinas.

Haver mais diplomados é um factor de desenvolvimento para o país; concretiza-se necessariamente em qualificações apropriadas por estudantes mas não se esgota nas vantagens individuais dessas pessoas.

Da mesma forma que todos pagamos (e devemos pagar) por uma estrada na ilha do Pico, da qual o benefício directo de 99,9% dos contribuintes será virtualmente nulo, parece-me igualmente defensável que todos paguem pela educação de alguns, conscientes que essa contribuição também para o benefício individual, tem reflexos e é um instrumento para a melhoria do bem-estar de todos.

Aliás, contribuir para o bem de todos passa muitas vezes por contribuir directamente para a melhoria de situações particulares. Melhorar os hospitais e os tribunais não reverte nem tem de reverter para "todos", antes tem de reverter para quem usa os respectivos sistemas e é nesses usos concretos que se cumpre o bem de todos.

Claro que transferências de carácter social ou mesmo a construção de estradas servem em primeiro lugar para colmatar injustiças, para homogeneizar as situações de partida.
Os diplomas, pelo contrário, servem desde logo para diferenciar, pelo que se torna aceitável que haja uma participação privada no seu financiamento.
Mas o princípio da contribuição de todos mantém-se: não se trata de alimentar privilégios imerecidos ou sinecuras; supostamente, é um apoio à melhoria do património, do capital humano à disposição do país, algo com repercussões e externalidades sobre todos.

Parece-me defensável que todos ajudem a pagar a educação de alguns, sendo que estes podem contribuir com uma parte, para compensar a parcela de diferença que se traduz para além do benefício colectivo.
O que não me parece defensável é que se argumente com justiça social e com a apropriação privada do financiamento público. Mesmo os abusos do sistema por parte de quem acumula chumbos nas universidades não são argumento válido para discussão deste ponto.
Aliás, a questão das propinas aparece apenas porque há dificuldades orçamentais, porque é necessário passar cheques em branco; essa é a verdadeira razão por detrás de todo o argumentário.

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quinta-feira, novembro 06, 2003

Bolo de iogurte da minha super prima Margarida 


Ingredientes

1 iogurte (= 1 medida)
3 ovos
açucar (3 medidas)
farinha (3 medidas)
óleo (1 medida)

Preparação

Misturar o iogurte com o óleo
acrescentar os ovos
acrescentar a farinha e o açucar
mexer, mexer, mexer
mexer mais um pouco
zumba para a forma (por manteiga antes e polvilhar com farinha para não colar!)
truclas para o forno (200) e assobiar durante 45 minutos
parar de assobiar
pegar num palito
espetar no bolo
se estiver cozido, não cola ao palito
já tá

(não funciona se não tiverem super primos)

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Nanni Moretti 


Imaginem uma vespa a passear por Roma, os pensamentos a driblar os neurónios ao sabor do vento

"Tudo depende de mim
Tudo depende de mim
E se tudo depende de mim
Sei que não o farei"

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Slang dictionary 


Pearl jam n. (Involving congestion of the clitoris?) Female orgasm (s.a. pearl).

http://psy.otago.ac.nz/r_oshea/slang.html#P

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A jam of pearls 


"That what you fear the most could meet you halfway"

Crazy Mary

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quarta-feira, novembro 05, 2003

Os cromos 


O Porto orgulha-se da diferença que se diz separar as suas gentes do resto do país.
O resto do país olha com curiosidade e alguma estranheza para o espectáculo da representação.
Representação para nós e para os outros, ajudando à integração no grupo pela exacerbação dos sinais de distinção, para cavar um fosso muitas vezes artificial. Até porque muita da genuinidade original dessa diferença se deve encontrar cada vez mais cercada e escondida.

O que nos devolve à televisão. As câmaras, habituais culpadas, com e sem justiça, dos mais variados incidentes, desde a queda do muro de Berlim à queda do cabelo, procuram activamente o que é passível de ser notícia. Isto é, procuram os cromos.

Venha a vitória do FCPorto no campeonato, os martelos de S. João ou o fogo de artifício do fim do ano e o que é explorado é o rapaz sem dentes da Areosa que cospe uns insultos contra Lisboa, a peixeira do Bolhão que manda uns impropérios contra os benfiquistas ou mesmo o pobre presidente de Câmara que ataca os sulistas, elitistas e liberais do meridião.

Não é justo. O Porto tem gente normal, como toda a gente sabe. Gente que aprecia o colorido dos cromos, que dão à cidade aquilo que eles próprios, pela sua normalidade, não podem dar. Mas não são só esses retratos, também básicos e redutores, que constituem o que quer que haja de único na cidade.

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Matrix 


Da estreia de um filme na primeira página do Público e do DN...

Lembra-me um telejornal de há alguns anos atrás (não muitos, mas mesmo assim...) em que sobraram alguns segundos no final das notícias da política e futebol, tendo a régie achado necessário encher chouriço antes da novela (este tipo de discurso simplista é básico e irritante, não é?).

O pivot informou-nos então que tinha sido descoberto o primeiro planeta fora do sistema solar. Coisa pouca.

Os telejornais são para dar a conhecer o quotidiano, são magazines de actualidade, servem para nos mostrar a espuma dos dias e não as últimas reflexões sobre as perguntas primeiras e últimas.
Mas apesar de tudo, servem também para comunicar o que é significativo, de relevo, indicativo de mudança hoje ou amanhã.
E a primeira prova de que existem planetas fora do nosso quintal é um acontecimento importante (digo eu e por aqui deve estar parte da resposta). Não revolucionário no sentido de afectar de um dia para o outro o comportamento de milhares de pessoas, mas importante mesmo assim por reportar a algo mais profundo e, acima de tudo, perene.

Deste século (do que acabou de passar), o que vão guardar os historiadores: duas guerras mundiais (Hitler, talvez Estaline?), a promessa política das Nações Unidas, a promessa económica do crescimento, a promessa tecnológica da electricidade e da internet, com o pilar individualizado da chegada do homem à Lua.

Pelo menos, estou certo, apareceram no jornal.

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Morning fog 


Um dia inteiro que amanhece, cheio de promessas.

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terça-feira, novembro 04, 2003

Arrependimentos 


Uma nota de pesar pelo post anterior: há que combater a tendência tão humana de rejeitar a mudança.
O ambiente evoluiu, pois muito bem, importa é trazer os amigos para a festa!

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Blown cover 


A calma em que este blog vivia provou ser, como tanto na vida, não mais que uma cortina de ilusão, uma cenário infundado.

Será a partir de hoje impossível preencher uma folha de tarefas semanal ou mesmo assinar um recibo de ordenado com a mesma desfaçatez estampada na caroca larocha.

Felizmente, o recém-reactivado braço armado da FMP permitirá lidar com este problema com a rapidez e, acima de tudo, com a ligeireza necessárias para devolver a felicidade e a pacatez a este ex-ermo informático.

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Robbie 


A Fundação Mike Patton para Cultura e Desinformação acaba de anunciar a reactivação do seu braço armado, Take That.
Os antigos operacionais foram convocados por correio secreto para comparecer à chamada secreta amanhã a partir das 08h00, no lugar secreto Xk4.

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Bem me quer assim 


A nossa família e amigos são quem melhor nos conhecer e mais quer (um paradoxo, bem sei).

São por isso quem mais se revolta com quaisquer veleidades de mudanças bruscas.
Notam que mudámos a cor do cabelo porque sabem de que cor era. Essa é a parte boa.
Reagem contra a nova cor porque a antiga era parte da pessoa de quem gostam. Essa é a parte boa também.

Os amigos algemam-nos à pessoa que somos. É compreensível, gostam dela. É amiga deles.

Temos de os convencer que a mudança vale a pena.
Ou melhor, para não parecer que estamos a esclerosar a vida, a mudança deve ser boa o suficiente para nos levar a defendê-la junto de família e amigos. Mesmo que isso nos faça perder alguns fãs.

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Born-again 


Lista de compras


Abertura de espírito, para descobrir a inadequação de um caminho, para considerar novas alternativas e para ouvir
Humildade e força interior, para criar a disponibilidade para mudar e para ouvir
Coragem, para o espelho, para ouvir os outros e inteligência, para distinguir o importante na vista e nos comentários
Coragem e inteligência também para não ouvir os outros (especialmente quando fazem listas de compras)
Imaginação e estratégia, para desenhar um caminho, e clarividência, para discernir as consequências dos passos
Bom senso e equilíbrio para crescer com as rupturas necessárias mas sem fragilizar, corromper ou tornar insustentável a estrutura interior de quem caminha
Vontade, para levar avante o desígnio e ânimo, pela esperança no horizonte traçado


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segunda-feira, novembro 03, 2003

Melhorias ansiadas II 


Para o treinador de bancada que há em cada um de nós, um comentário, dois comentários, três comentários...

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