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terça-feira, setembro 21, 2010

Pensemos que é verdade 

"Do mesmo modo que ninguém é do Porto apenas porque aqui nasceu, trabalha ou vive.

Para se ser do Porto, quer se esteja no Algarve ou em Boston, tem de se tratar a liberdade por "tu", de se estar naturalmente imbuído da saudável rebeldia que impede a admissão de sujeições ainda que estas surjam embrulhadas em ternas blandícias.

O Porto significa autonomia, autogoverno dos assuntos que lhe são próprios, irrequietude perante os poderes externos. Estriba-se na memória milenar de uma cidade de comerciantes que se regia por leis e costumes locais, em que os nobres não podiam pernoitar e em que a pata suja da Inquisição nunca mandou. Muito ao contrário do resto do país.

A ideia do Porto sempre contrastou no cinzentismo generalizado de um país servil, desbarretado e passivo, deleitosa e incessantemente em estado de sujeição perante qualquer lógica centralista".


http://jn.sapo.pt/Opiniao/default.aspx?opiniao=Carlos%20Abreu%20Amorim

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terça-feira, setembro 07, 2010

Tinha certezas 

I used to know stuff.

But I do not anymore.

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quinta-feira, setembro 02, 2010

Numa tarde 

Estranhamente, revê-la - aconteceu por um acaso - não pareceu causar agitação, aperto do coração ou dor profunda;

depois percebi; não se revê o que está sempre connosco; ali deu-se apenas uma identificação pelo instinto, um assentimento natural, trazido com a anestesia do que é quotidiano; foi afinal como ver um pedaço de mim;

e olhar para a nossa perna, ou para a nossa mão, faz-se geralmente sem sobressalto, é apenas o reconhecer de uma presença constante, sendo a única surpresa o reparar-se nela de forma consciente.

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