The Antoninos

"- What's your problem?
- Chronic despair".

Jim Lonesome

Be your self

Não gostei:

- do exagero de brincadeiras sonoras (demasiado centradas nos ruídos das funções do corpo e do dia-a-dia, truques que rapidamente cansam);

- da falta da dança (foi preciso esperar pelos 15 minutos finais para que se vissem alguns movimentos significativo.

Gostei:

- dos dançarinos aparecerem por detrás da enorme cunha recoberta a pano que ocupava a parte posterior do palco, descendo-a com estranhas suavidade e determinação;

- da ideia de trocar partes do corpo e de as usar fora dos seus donos.

I agree with you that nowadays people have the tools to (put their goodwill, personal interests and even tiny bit of vanity to very good use and) do the reporting themselves and make it available to the world; this can indeed enlarge the scope and in some cases the depth of coverage (though I also fear for the foreign bureaus, even if they have been in danger since long); but I would add that we may get to actually miss the institutional framework of the traditional newspapers and, in a way, of the money drive as well.

If someone has editing and journalism as his/her job, the motivations are (let's keep it simple) clear and straightforward: the piece gets researched, written, checked and printed because several persons' paychecks, a corporate image and the stockholders' revenue depend on it (and provided these interests are transparently disclosed to the readers, we should be able to live with it and to adequately protect ourselves while reading); when independent web posting comes to play, one looses that (protective, although imperfect) framework.

One could argue that Wikipedia proves that point wrong but I'd say that it is a matter of numbers, of critical mass: for a wiki entry to be(come) trustworthy, the quality of the initial text is just a start; it then needs to avoid capture by fringe groups and to be read and reviewed by many, many people; in a way, perhaps it is a question of somehow rebuilding an institutional framework on line: a url that many identify and go to (as a newspaper title), a structure that in some way provides quality control (as a newspaper editor) and transparency about its financing?

Then we'd still would have to sort out what to do with the printed newspapers :)

Nunca fui mas gosto dos nomes

- Santiago alquimista
- Johnny guitar

“A true gastronome,” according to a British dining manual of the time, “is as insensible to suffering as is a conqueror”.

B. R. Myers in The Atlantic

"Miller acreditava que tinha desvendado o código secreto da Bíblia […]
Muitos dos seguidores de Miller, e até o próprio Miller, abandonaram o movimento".

Cristianismo, Brian Wilson

"Uma catedral é simplesmente a igreja de um bispo […] representações visuais de doutrinas da igreja.
De facto, a maioria das catedrais era concebida especialmente para ser a 'Bíblia dos pobres' […] pobres e analfabetos, os europeus médios desse período podiam 'ler' as catedrais góticas…"

Cristianismo, Brian Wilson

" [da visão hebraica do mundo] o primeiro elemento é teológico: para os judeus, Deus é habitualmente concebido como absolutamente separado da humanidade. Os seres humanos podem ter sido criados à semelhança de Deus, mas isto não contradiz a transcendência permanente de Deus.
O segundo elemento é cosmológico: a criação é boa. Independentemente do mal que nele exista, o mundo material foi e será sempre uma dádiva de Deus […]

Muitos Gregos acreditavam que […] a alma humana era espiritual e, por conseguinte, estava directamente ligada de alguma forma à origem transcendente […]
O mundo material era algo do qual se devia escapar".

Cristianismo, Brian Wilson

"A graça, segundo Paulo, não podia ser ganha por meio do ritual, mas apenas por meio da fé…".

Cristianismo, Brian Wilson

"Os literalistas argumentavam que o versículo corânico que afirma ser um acto virtuoso libertar os escravos significa que a escravatura não pode ser abolida porque fazê-lo seria negar às gerações futuras a oportunidade de praticarem o acto virtuoso de libertarem os escravos".

Islamismo, Jamal Elias

Tem portanto de ser às pinguinhas: ir libertando, mas sem nunca acabar com a coisa. A bem de quem liberta.
Ou, a jeito de ditado: homem tortuoso, deus orgulhoso.

"…os muçulmanos individuais devem procurar aperfeiçoar-se; e a autenticidade colectiva, na qual os muçulmanos se devem esforçar por criar uma comunidade que corresponda totalmente ao potencial que para ela foi decretado por Deus".

Islamismo, Jamal Elias

Mude-se o 'decretado' e esqueçam-se as tentativas concretas de implementação e fica-se com uma boa ideia: criar uma sociedade que a todos ajude a viver (a) uma dimensão divina.

" [Pretende-se que o jejum] ensine as pessoas a ter consciência de si próprias e a ser mais sensíveis e atentas para com os menos afortunados - aqueles que não só são obrigados pela pobreza a passar fome e sede, como também têm de ocultar a sua ira e o seu desejo porque vivem à mercê dos outros".

Islamismo, Jamal Elias

De acordo com a crença islâmica, todos os muçulmanos terão um encontro directo com Deus após a morte […] mas os sufis não querem esperar tanto tempo […]

'Morre antes de morreres'".

Islamismo, Jamal Elias

"Retiraram-lhe o coração e lavaram-no numa bacia de ouro cheia de neve, antes de o recolocar e voltar a fechar o seu peito".

Dois anjos, ao jovem Maomé que ainda apascentava ovelhas.

"A vida reduz o homem a tantas peças que não conheço outra missão mais séria do que ajudar através da música a reconstituir a sua integridade espiritual".

Sofia Gudaidulina

"A Igreja lutou contra a modernidade, embora, por outro lado, os grandes valores da modernidade venham, fundamentalmente, da Bíblia [...]
H[ouve] um Papa que proibiu a leitura da Bíblia, outro refere-se à detestável doutrina dos direitos humanos [...]

É uma vergonha que 20% da humanidade controle 80% da riqueza [...]
Mas, se não formos solidários por uma questão ética, de humanidade, então sejamo-lo ao menos por egoísmo esclarecido. Porque vamos entrar numa conflitualidade sem limites: quem julga que nunca mais haverá revoluções anda enganado [...]

Deus mesmo, em Jesus Cristo, assumiu a corporeidade humana na sua fragilidade [...] Como é que uma religião do corpo se dá depois tão mal com o corpo, historicamente? [...]
Bernard Häring disse-me uma vez: 'A Igreja Católica também tem culpa disso. Fez tabu de tudo e as pessoas quiseram depois libertar-se, mas libertaram-se mal' [...]

Quase sou levado a dizer que, desgraçadamente, a Igreja pode ser acusada por alguns de ter recuperado grande parte das causas que levaram Jesus à morte [...] a religião dos sacrifícios, que explorava o povo [...] 'Eu não quero sacrifícios, quero misericórdia'. Jesus veio anunciar um Deus de amor, não precisa de sacrifícios [...]

Ora, o que a Igreja pregou muitas vezes, ao longo dos tempos, foi uma má notícia, o 'disangelho', no dizer de Nietzsche [...]
Admiro os ateus que, quando ainda não havia liberdade religiosa e ser ateu significava o fogo da Inquisição e implicava, no quadro doutrinal da época, ir para o Inferno, ousaram, em nome da liberdade crítica, da razão e da própria dignidade de Deus e do homem, pôr a questão de Deus e ser ateus. Esses são santos da humanidade [...]

a religião não desapareceria, porque há sempre o problema do sentido final, da morte, do tédio, como dizia Ernst Bloch [...]

até à nidação, uma vez que ainda pode haver gémeos monozigóticos, não temos propriamente um indivíduo, de tal modo que a interrupção do processo não se pode chamar homicídio [...]
meios anticoncepcionais naturais, pergunto: o que são métodos naturais, se foi o homem que os descobriu? A Igreja torna o seu discurso não crível, porque, por vezes, a argumentação é frágil [...]
Se Deus deu a vida humana, deu-a mesmo [...] é um dom e não é um fardo..."

Padre Anselmo Borges in Pública, 6/2/2011

Lisboa envolta numa pedra química

Há beleza demasiado dolorosa.

O pior é que a revolução é, também ela, irreformável.

O sistema é irreformável.

Venha a revolução.

Por um lado, é sinal de imaturidade não aceitar que tem de haver escolhas, que não se pode ter tudo;

por outro, às vezes resignamo-nos, baixamos os braços, perdemos a possibilidade de fazer melhor, de limar, combinar, aperfeiçoar... de procurar algo melhor, venha ele de dois ou mais mundos.

Que é como quem diz, pelo menos às vezes: Yes is more.

http://www.big.dk/projects/yim/

"Before I can live with other folks I’ve got to live with myself".

Atticus Finch in To kill a mockingbird