The Antoninos

Quando não se tem mais ideia nenhuma, oferece-se mais do mesmo:

"Only more Europe can avoid a deeper crisis".

Há muita manipulação de informação, violência e incompreensão　de ambos os lados;
　
mas　reconhecer　que há dois (ou mais) lados em cada questão não nos deve　deixar no politicamente correcto, no　"respeito multicultural" acrítico que invade os nossos media e que justifica tudo e mais alguma coisa.
　
Não há contradição (pelo contrário) em dizer, simultaneamente,　que:

-　há que promover o nosso (tão frágil) avanço civilizacional, os　valores ocidentais, o　estado de direito,　a democracia　liberal,　os direitos do homem e da mulher,　a tolerância religiosa... e, por mais imperfeito que seja, Israel está (muito) mais perto deles... não o reconhecer só contribui para prejudicar a "causa" palestiniana
　
- há que rejeitar o terrorismo e a violência como forma válida de luta;　os nossos critérios devem ser os mesmos quando analisamos os dois lados; não se pode criticar isso a Israel e tolerá-lo nos palestinianos (como é frequentemente o caso);
　
- há que ser exigente para com Israel (e com os palestianos) para que não se use a violência para justificar a violência;
　
- há que encontrar de vez uma solução para　o problema do Médio Oriente, que tem servido para i)　justificar a hipocrisia dos regimes árabes, que são os maiores (se bem que não os únicos) responsáveis pela opressão e atraso económico, educativo, político e cívico dos seus povos; ii) permitir que o Ocidente tenha　um flanco desprotegido, uma mancha na consciência, uma ferida que se pode continuamente atacar, mesmo　que　como desculpa;　iii) consumir recursos de todos os Estados, ao manter um clima de instabilidade permanente na região
e　uma pequena nota quanto ao mundo ocidental,　aos EUA e, mesmo, a Israel: estes países são o farol de civilização no mundo, os herdeiros da tradição greco-romana; têm muitos defeitos,　carregam pecados da história, vivem em constantes contradições, sim;　mas são as ilhas onde se pode pensar, discutir e　viver em liberdade.
　
Podemos generalizar sem　medo,　comparando com　os regimes ditos　comunistas, que precisaram de construir muros de Berlin para manter os seus povos prisioneiros; ou com　os países árabes, que preferem as mulheres analfabetas, diminuídas e dominadas; ou com zonas de África onde se pratica a excisão, o corte de braços ou　a　mais completa rapina dos recursos de todos para benefício de cliques...
　
A prova cabal, se uma fosse precisa, é que　os cidadãos do mundo, quando votam com os pés, é para o Ocidente que　fogem,　é para lá que emigram,　é lá que　colocam a esperança e os seus sonhos... muito poucos procuram refúgio ou vida melhor na　Coreia do Norte, Cuba,　Síria, Afeganistão, Costa do Marfim ou Sudão...

Na minha zona, as frutarias e as lojas de roupa são dos chineses.

Para além dos restaurantes japoneses e das lojas dos chineses. Mas, esses e essas, já eram dos chineses.

Catchimbate/Cachinnate [to laugh loudly or immoderately]