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terça-feira, setembro 21, 2004

Em curso 

A revolta europeia contra Bush e contra os americanos quer esquecer que, mau grado os nossos maus fígados, as pessoas se parecem rever na Fox (por isso a ligam, não é?) e o Kerry não consegue demonstrar aquilo que nos parece tão evidente, isto é, que o presidente é um nabo (se o fizesse, os americanos também o pensariam, certo?).

Lembra-me o que se disse do Gore, que só ele poderia ter perdido aquela eleição. Não sei se é verdade, mas o facto insofismável é que a perdeu.
Ou melhor, perfeitamente sofismável, uma vez que a ganhou.
Ou perdeu. Ou perdeu e ganhou. Bem, isso tudo.

Por outro lado, poderá dar-se o caso de haver recurso a golpes baixos e tácticas estupidificantes, algo a que os democratas (o que nos reconforta enquanto seus apoiantes longínquos), estariam menos dispostos a fazer, colocando-se em desvantagem.
Provavelmente isto é só meia verdade mas mesmo que fosse inteiramente, resta um problema.

As pessoas sabem disso (ou se não sabem, é culpa dos democratas que não o saibam) e preferem o incumbente, mesmo que seja o porta-voz de um grupo de sacanas (mais sacanas do que os outros).

Quoi faire? Acima de tudo, não cair naquele erro delicioso de considerar que é preciso proteger o povo de si mesmo, levando-o pelas mãos da elite iluminada.
Não porque não seja verdade ou porque não aconteça: as pessoas, eu à frente, não sabem o que querem ou o que é melhor para elas; e os poderes de facto levam-as à frente ou de rojo, em todas as sociedades, mesmo nas mais democráticas.
Apenas pode ser bem mais perigoso julgar poder fazê-lo com uma qualquer agenda, presumida (e) boa.



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