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quarta-feira, outubro 06, 2004

De cavalos e burros 

Aristófanes, Os cavaleiros

Interessante, a ler pelo nosso primeiro-ministro e, já agora, pelo primeiro candidato a primeiro.
Um salsicheiro põe a toques um curtidor, chamado Pafaglónio, ambos à caça do apoio do povo de Atenas.
Subornos recebidos, pagamentos oferecidos, mordomias procuradas, promessas dadas, augúrios falsificados, mentiras badaladas; o bem estar do povo e a própria paz em risco por um prato de lentilhas à frente da boca certa.

Apesar de um fugacho final, em que colectivamente se procura defender, dizendo que é táctica matreira a sua passividade e a arregimentação, o povo descrito merece ser olhado com condescendência. É o que faz mesmo quem o procura defender de um e de outro demagogo (neste caso, o coro e o pensamento do autor).

A linguagem é curtida, pelos ofícios das personagens e pelas liberdades e vernáculo, do original e da tradução.

As Edições 70 incluíram tantas notas que se torna difícil ler o texto de forma corrida.


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