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quarta-feira, março 30, 2005

O segrego dos punhais voadores 

O começo e o fim tocam-se no exagero da representação e da história.
A encenação (envolvente, adereços, guarda-roupa, coreografia - todo o ambiente) é rica, colorida, diferente, oriental (que surpresa...). Fiquei a imaginar o espanto que devem ter sentido os primeiros ocidentais a chegar àquelas paragens.
Pelo meio, uma variação da história do Romeu e da Julieta, na China do século IV, com a magia das artes marciais a levar-nos a voar, a danças impossíveis e a proezas fantásticas várias.
Ultrarealismo (como dizia o meu amigo que é perito nestas coisas) nas imagens da natureza, com as cores puxadas ao tom impossível (e não só nas árvores: será possível haver lábios mais vermelhos?).
A neve, improvável e indesejado convidado (a crer nos relatos das filmagens), acaba por ser um manto mais de fantasia e tristeza a cobrir o final da história.
Um amor mais forte do que toda aquela magia e exércitos mas no final incapaz de escapar aos orgulhos e às dívidas, às fidelidades e histórias familiares.

Interessará isto alguma coisa perante a beleza da rapariga? Capaz, verdadeiramente, de derrubar cidades com o olhar, aquela beleza do Norte.

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