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segunda-feira, junho 06, 2005

Gostos e gastos 

Com a Europa, ganhámos rapidamente gostos de ricos.
Bastava olhar para o vizinho do centro para ver o futuro, não resultado de melhor trabalho, mas da simples passagem do tempo, ou melhor, do beber da cornucópia.
A ideia recebeu naturalmente o apoio implícito ou deliberado dos políticos, dos media e, pior, ressoava na nossa vontade íntima, de anciã tradição, de encontrar a árvore das patacas. De justamente ver cumprido o nosso desígnio de viver à sombra da bananeira. Aquele por que procurámos cumprimento há cinco séculos atrás.
E criamos gostos de ricos, sem termos gerado a riqueza para tal.
Agora, que os ricos do centro se vêem eles próprios cansados, reparamos que não podemos mandar cantar um cego polaco, quanto mais comprar a protecção social dos nórdicos.

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