<$BlogRSDUrl$>

quarta-feira, julho 20, 2005

Guerra dos mundos 

Fantástica a cena em que o carro avança pela auto-estrada pejada de veículos parados.
Não sei quantos minutos dura, mas a câmara entra, sai, roda, vira, sobe, desce, volta, sem cortes visíveis; mostra o Ray, os filhos, o tecto do carro, as janelas, a estrada, o pânico, de um fôlego.

Não deve ser excesso o retrato de como as ordes humanas se movimentariam, movidas pelos instintos mais básicos; mas era bem escusado o aturar da cara do palerma do adolescente a ter conversas palermas com o palerma do pai. Ainda para mais, o tipo lá reaparece, no final...

Bem, ver o Tom Cruise lacrimejante cantar uma música sobre de carros à filha, à laia de canção de embalar, depois de ter passado por e se rendido a vários níveis de desespero e impotência, vale pelos outros excessos de lamechice.

Porque é que os soldados, mesmo no final, insistem em manter as pessoas em andamento? "Keep moving, keep moving"?
Não parece haver nenhuma razão para orientar ou fazer mexer as pessoas nalguma direcção em particular. Na verdade, a haver, seria no sentido oposto: havia ali "tripods" a funcionar até há bem pouco tempo (um deles ainda vai ser atacado depois) e só um pequeno buraco para oferecer de abrigo aos milhares de refugiados.
Imagino que seja divertido manter as pessoas em andamento. E isso deve mantê-las ocupadas, no tal andamento, o que deve protelar por algum tempo comportamentos mais bárbaros.
Mas divago.

O som é fantástico, contribui muito para transmitir medo puro.
Do resto, não gostei muito.

0 comments

Post a Comment

This page is powered by Blogger. Isn't yours?