sexta-feira, julho 15, 2005
Patacas
Não sei se já disse isto, mas cá vai outra vez.
Não compreendo quem não se dá ao trabalho de preencher os númerozinhos no talão do Euromilhões ou do Totoloto. Que pede à máquina para o fazer. Santo Deus!, que coisa imoral, nem sequer tomar em mãos a decisão dos números. Que obscenidade se alguém ganha assim.
Por outro lado... poderá esse gesto ser o resultado de um assumir, primordial, intrínseco, da derrota? Restos de uma ligação inata do córtex aos compêndios da teoria das probabilidades?
Ou ainda nascer de um desejo de total abandono às mãos dos deuses, de uma necessidade de despojo, em profundo contacto com o universo, em humildade, em entrega?
Não, é mesmo só procurar o caminho mais curto e fácil para essa instituição portuguesa que é a árvore das patacas.
Eu já meti, à ganância, três apostas. Mas marquei os númerozinhos.
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Não compreendo quem não se dá ao trabalho de preencher os númerozinhos no talão do Euromilhões ou do Totoloto. Que pede à máquina para o fazer. Santo Deus!, que coisa imoral, nem sequer tomar em mãos a decisão dos números. Que obscenidade se alguém ganha assim.
Por outro lado... poderá esse gesto ser o resultado de um assumir, primordial, intrínseco, da derrota? Restos de uma ligação inata do córtex aos compêndios da teoria das probabilidades?
Ou ainda nascer de um desejo de total abandono às mãos dos deuses, de uma necessidade de despojo, em profundo contacto com o universo, em humildade, em entrega?
Não, é mesmo só procurar o caminho mais curto e fácil para essa instituição portuguesa que é a árvore das patacas.
Eu já meti, à ganância, três apostas. Mas marquei os númerozinhos.