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quinta-feira, agosto 18, 2005

O grande embate entre APedroRibeiro e Manuel Alegre 

O poeta pega nas telas e vagueia.

Outro poeta pega nos talheres e candidata-se.

O poeta passeia a cidade e muda de cidade e quer mudar a cidade.
É por querer mudar a cidade que vagueia pela cidade.
É para mudar a cidade, um pouco, que vagueia. Que erra.
Erra para puder mudar. Muda para deixar de errar. Ou mudar de erro.
O poeta candidata-se melhor.

Melhor do que o outro poeta.

Há excessos dos poetas a candidatos e faltas dos candidatos a poetas.
Não, na verdade, há é excesso de candidatos poetas e de poetas candidatos. E poetas. E candidatos.
Dizia-se, diz-se melhor, o poeta foi candidatado.

O outro poeta também, mas pior.

Não se sabe do destino do poeta.

O destino do outro poeta é sabido.

O poeta vai continuar a pegar nas telas e vaguear. Telas como panos como velas puxarão o errante poeta.

O outro poeta vai errar à sua maneira.

O poeta poderá mesmo apoiar o outro poeta. Mas ainda não está decidido.

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