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terça-feira, novembro 08, 2005

Washington, Paris, Jerusalém, Roma 

Será mesmo no caos que se deve procurar a promessa de uma nova ordem?

Custa-me a crer; parece-me que a 'destruição criadora' é um conceito que ganha em ficar confinado à teoria económica, e como hipérbole descritiva de fenómenos de resultado último positivo.

Mas...

Uma parte de mim entrevê um certo velho-do-restelismo na ideia; afinal, já outras épocas viram o seu fim chegar pela violência; períodos de barbárie intercalaram ciclos de paz, prosperidade e civilização.

Quiçá sejam necessários para limpar as aparentemente inevitáveis rugas de cada era, permitindo um novo começo.

E preço deste será o descer temporariamente abaixo do patamar anterior, para poder elevar a base mais acima depois... Um negócio que parece incluir, forçadamente mas em grau variável, banhos de sangue, terror social, perdas culturais, gerações de incerteza...

Um terrível desperdício, como dores de parto antecipando o nascimento de algo melhor?
Com a esperança de que o caminho longo se revele uma sinusóide sobre uma recta de inclinação positiva...

Preferia outra solução, que conservadoramente preservasse o válido e, acima de tudo, que não despisse a ruptura em destruição; mas talvez nem seja conforme à natureza humana poder fazê-lo dessa forma.

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