terça-feira, dezembro 20, 2005
Não sou fã mas...
El País, 5 de Dezembro
O jornal descreve as actividades do presidente venezuelano para combater os problemas sociais do país com parte do maná que resulta da alta do petróleo: 3 000 milhões de dólares este ano, 6 500 no próximo, destinados à alfabetização de adultos, a bolsas de estudo, formação profissional, assistência médica, etc.
Os resultados do esforço são pouco conhecidos: não há organizações independentes que tenham tido a possibilidade de auditar o trabalho do governo; não há estatísticas ou respostas fiáveis.
Os dados incompletos que um investigador obteve apontam para que não haja mais esforço deste governo do que de outros anteriores para combater a pobreza, que se manterá ao nível registado aquando da chegada ao poder de Chavez.
O artigo passa depois a uma descrição, sem fundamentação visível, de um processo de intenções: afirma-se que, no caso do preço do petróleo descer, Chavez pretenderá continuar a financiar o combate à pobreza através da emissão de dívida externa (o que pode não ser necessariamente mau…).
Finalmente, conclui-se citando o investigador: "Luís Pedro España no es muy optimista: ‘Han diseñado una política para pobres que ha terminado siendo una pobre política’".
Até pode ser verdade, mas não é assim que me convencem…
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O jornal descreve as actividades do presidente venezuelano para combater os problemas sociais do país com parte do maná que resulta da alta do petróleo: 3 000 milhões de dólares este ano, 6 500 no próximo, destinados à alfabetização de adultos, a bolsas de estudo, formação profissional, assistência médica, etc.
Os resultados do esforço são pouco conhecidos: não há organizações independentes que tenham tido a possibilidade de auditar o trabalho do governo; não há estatísticas ou respostas fiáveis.
Os dados incompletos que um investigador obteve apontam para que não haja mais esforço deste governo do que de outros anteriores para combater a pobreza, que se manterá ao nível registado aquando da chegada ao poder de Chavez.
O artigo passa depois a uma descrição, sem fundamentação visível, de um processo de intenções: afirma-se que, no caso do preço do petróleo descer, Chavez pretenderá continuar a financiar o combate à pobreza através da emissão de dívida externa (o que pode não ser necessariamente mau…).
Finalmente, conclui-se citando o investigador: "Luís Pedro España no es muy optimista: ‘Han diseñado una política para pobres que ha terminado siendo una pobre política’".
Até pode ser verdade, mas não é assim que me convencem…
