sexta-feira, fevereiro 10, 2006
Rebuscado
Se acreditasse na teoria da conspiração, diria que toda esta confusão teria sido resultado de uma pérfida maquinação do complexo industrial e militar dos EUA, com a colaboração cobarde das restantes democracias ocidentais, destinada a colocar a opinião pública ocidental a favor de uma posição forte contra o Irão (assim ultrapassando o manietar de mãos que resultou das dificuldades no terreno e do desastre de relações públicas do Iraque).
Infelizmente, não acredito. E seria mais simples fazê-lo, como é apanágio das teorias da conspiração.
Mas, mesmo que acreditasse, o facto de tal hipotética cabala ter sido tão bem sucedida no seu objectivo intercalar (isto é, ter suscitado a reacção intolerante e violenta de tantas comunidades muçulmanas) seria ainda assim um aviso para imensa preocupação...
Se quisermos manter a hipótese de manipulação, dos americanos (por absurdo) ou dos imãs, sírios ou iranianos (com muito maior probabilidade), a conclusão é que aquela encontrou terreno demasiado fértil para frutificar.
O amâgo das crenças - não apenas o contexto ou as circunstâncias - foi de molde a deixar-se incendiar com esse rastilho, ao invés de o apagar com bom senso, moderação e respeito.
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Infelizmente, não acredito. E seria mais simples fazê-lo, como é apanágio das teorias da conspiração.
Mas, mesmo que acreditasse, o facto de tal hipotética cabala ter sido tão bem sucedida no seu objectivo intercalar (isto é, ter suscitado a reacção intolerante e violenta de tantas comunidades muçulmanas) seria ainda assim um aviso para imensa preocupação...
Se quisermos manter a hipótese de manipulação, dos americanos (por absurdo) ou dos imãs, sírios ou iranianos (com muito maior probabilidade), a conclusão é que aquela encontrou terreno demasiado fértil para frutificar.
O amâgo das crenças - não apenas o contexto ou as circunstâncias - foi de molde a deixar-se incendiar com esse rastilho, ao invés de o apagar com bom senso, moderação e respeito.