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sexta-feira, abril 21, 2006

Fugas 

Descanso num banco, escrevinho.

Um improvável negro, meio andrajoso, de melenas compridas, lisas e vermelhas pede-me uns trocos enquanto me chama "arbeitsminister". Ou insulta o ministro. Ou me insulta a mim.
Ou todo o acima, conjunta e provavelmente.

Defendo-me com o ilógico argumento que sou estrangeiro.
Como nao é burro, nao fica muito convencido; desde quando as moedas nao falam a mesma língua?
Pois, nao ha Babel que confunda os tilintares.

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