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segunda-feira, agosto 07, 2006

Take care. Stop it. I don't care. 

Ela estava a estender a mão, a dizer obrigado, a lançar uma ponte; encantadora com os longos cabelos negros.
Está a viver sozinha num mundo seco e duro; sente-se frágil e deseja que pudesse ser diferente, que pudesse rir-se fora do protocolo, sair do saia-e-casaco que desejou, que ainda a protege e que não vai trocar por nenhuma promessa de paz.

Confidencia, e sinto os farrapos que caem dela com as palavras.
E logo vejo (antes dela mesmo, sei-o) o seu futuro arrependimento. Aquele que vai chegar, em não mais de 5 segundos, acompanhado de alguma incredulidade, ou, mais tarde, num momento fugidio de pensamento transviado, logo após ter recuperado um namorado.

E sinto a minha pequena potência. E sinto como deve ser difícil para ela falar.
E penso, 'cala-te, pára, posso abraçar-te se continuas'.
Mas apenas sorrio levemente tomando café.

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