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domingo, novembro 12, 2006

Children of men 

Gostei da forma como o filme começa, como os noticiários nos introduzem o contexto, quase sem exagero, da reacção do nosso triste herói à morte da pessoa mais nova do mundo, da incrível cena do atentado, dos percursos por Londres.

A referência à 'homeland security' é o tributo que o filme paga ao actual espírito dos tempos no que aos EUA respeita. Mas se parece haver algum exagero no tratamento que recebem os emigrantes - seria mesmo possível, a apenas uma geração de distância? talvez - o pacote não é propriamente inverosímel. Em especial quanto à degradação do ambiente, ao relativo colapso social, ao abandono humano, à desolação interior, à tristeza.

E preferia não ter visto o barco no final. Preferia, pelo menos, que tivesse um qualquer outro nome. À parte isso, um filme que mostra todos (ou muitos) dos pesadelos do mundo.

E uma vez mais, em socorro da ficção científica; o futuro é apresentado não como um lugar irremediavelmente remoto, cheio de carro voadores, mas antes como uma cidade próxima - com écrans para publicidade ao invés de cartazes de papel, é certo - mas onde sobretudo sentimos estarem já desenrolados os movimentos apenas apercebidos hoje. Uma cidade baseada no que fizemos e no que temos vindo a fazer e, acima de tudo, no que poderá ter de constante a natureza humana.

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