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sábado, setembro 22, 2007

The end of the world 

'As civilizações percebem ou pressentem as grandes catástrofes? Não há uma resposta clara: às vezes sim, às vezes não.

A aristocracia francesa, como é notório, “dançou sobre o abismo” até à tomada da Bastilha e alguma dela até muito mais tarde. A aristocracia russa não se mexeu (excepto extraordinariamente para matar Rasputine).

Em compensação, a partir de 1904-1906 a Europa “esperava” o fim do mundo, daquele mundo pelo menos, com esperança ou com horror. Toda a gente vivia como se a “normalidade” fosse eterna e toda a gente sabia, mesmo negando, que um pequeno percalço (um malentendido diplomático, um tiro em Sarajevo) chegava e sobrava para cair o céu [...]

Verdade que a velhice odeia a mudança e cada geração, à medida que passa, prevê um apocalipse iminente [...]

Bush (como a Europa do Kaiser e do Czar, da França e da Inglaterra) criou no Iraque um problema insolúvel [...] A América não pode sair e não pode ficar e já hoje, a qualquer momento e como em Junho de 1914 por um incidente sem sentido, uma explosão geral pode acontecer.

Sobre isto, como dizia o outro, “paira o espectro” da bomba do Irão [...] se a América, por absurdo, permitir, Israel com certeza não permite [...] Existem planos de uma enorme sofisticação; e de uma enorme falibilidade. O risco de intervir é igual ao risco de não intervir.

É deste género de situações que se resvala, de repente, para o fim do mundo.
De quando em quando, como hoje, com o mundo inteiro distraído'.

VPV, Publico, 15 Sep 07

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