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domingo, dezembro 16, 2007

Ber-f-ardo 

Outras nações, com outra cultura e tradição filantrópicas, aguentam-se com Nobel, Rockfeller, Wellcome, Guggenheim ou Gates, e suas respectivas fundações, bolsas, prémios, bibliotecas, alas de universidades e museus. Obras e milhões imensos espalhados, muitas vezes em recato, devolvendo à sociedade um pouco do que ela ajudou a construir; assim se cumpre uma missão social que enobrece quem dá e o país que a fez nascer, recebe e alberga, à la longue dando justa memória ao doador.

Nós, nós temos de aturar Berardo. Dou, mas não é tudo; ponho lá, mas posso tirar depois; aqui têm, mas é a pagar mais tarde. E se achar pouco, levo tudo de volta. Com juros.
Chantagem aberta pelos media, gáudio em torcer os políticos, desejo indisfarçado de ribalta, um certo cheiro de ganância, o prazer de mandar bojardas do alto da caixa de sabão da fortuna - um pequeno nada capaz de atribuir autoridade imediata, a qualquer pessoa, sobre qualquer assunto.
A mais lá das notas e arte contemporânea, tomara tivesse coleccionado também bons exemplos e maneiras.

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