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terça-feira, abril 14, 2009

Árvores 

http://o-jacaranda.blogspot.com/2009/04/crise-e-excepcao.html

É verdade que devemos ser flexíveis e tratar de igual forma o que é igual e de forma diversa o que é diferente. Por outras palavras (e mesmo se a legislação já prevê instrumentos de flexibilidade), situações de crise podem pedir respostas anormais.
Mas, ao assim justificar e institucionalizar a criação de trabalhos (e cidadãos) de 1ª (os do passado) e de 2ª (os de resposta à crise), não estaremos a desistir de valores fundamentais de justiça e equidade? Não é exactamente nos momentos difíceis que mais nos devíamos lembrar dos princípios?
Preferiria uma solução em que todos fossem proporcionalmente chamados a abdicar de algo para o benefício de todos (mas em primeiro lugar daqueles que estão agora na margem). Por exemplo, um desconto adicional temporário, proporcional ao salário, consignado (porque já não confiamos no Estado para decidir do uso dos nossos impostos) a reduzir os encargos (das empresas) ao criar novos empregos.
Algumas sociedades escolhem pagar (mais) para ter um maior nível de protecção social; outras aceitam uma menor rede de segurança por contraponto a pagar menos impostos. Nós começámos por tentar ter a segurança sem aceitar pagar o respectivo preço… e chegámos tristemente a uma situação em que já pagamos mais que outros, sem ter as equivalentes garantias…
Talvez se possa também agendar desde já um momento para nos decidirmos e responsabilizarmos, individual e colectivamente, sobre o que fazer depois d(e mais est)a crise; nomeadamente, para conscientemente decidir se podemos e queremos pagar o (crescente) preço de (quais) direitos.

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