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sábado, outubro 31, 2009

Dinamarca 

No final da segunda Guerra Mundial, a superioridade militar, tecnológica, económica, intelectual e moral do Ocidente era ainda incontestada a ponto de conseguir arrastar os países do mundo -incluindo muitos dirigidos por 'cliques' tão irrazoáveis, egoístas e predatórias quanto outras de hoje - a juntar-se no conceito e forma das Nações Unidas.

Hoje, como nos finais do Império Romano, estamos já condenados a abrir os cofres que nos restam para pagar a chantagem, o suborno ou o tributo necessários para obter assentimento para acção global contra a mudança climática.

Os países desenvolvidos chegaram ao seu actual patamar de riqueza sem considerações de maior para com a ecologia ou a pobreza de países terceiros. Mas a verdade dessas constatações - e independentemente de quaisquer considerações de justiça, consciência ou contexto histórico - não altera o facto de que esse caminho trilhado não pode ser hoje seguido por outros.

Mesmo descontando eventuais exageros alarmistas, não devia ser preciso negociar para aceitar o primado da razão. Ou a responsabilidade que daí advém para todos. Devia poder discutir-se tudo o mais - transferência de tecnologia e conhecimento, apoio à 'governance', compensações - mas não a necessidade de evitar um já identificado erro suicidário.

É humilhante termos de pedir por favor para não nos afundarmos todos.

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