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segunda-feira, março 29, 2010

Suomi, 90s 

Há quase 20 anos atrás, passei uns dias na pousada de juventude de Helsínquia.

Encontrei um moço holandês que se preparava para ser escritor e que me mostrou um pequeno conto suportado por diálogos - uma descrição das dificuldades de comunicação entre um casal - que me pareceu óptimo, excepção feita ao último parágrafo que, condescendentemente, explicava ao leitor o que se tinha passado e o que devia sentir.

E conheci também um homem já de uma idade respeitável, acima do maduro, que se prostrava para Meca. Era suíço e disse-me que passava os dias a viajar pelo mundo, visitando os países cujas línguas falava fluentemente. Um feito particularmente impressionante porque parecia ter estado já em todo o lado.
Falámos das nuances do árabe, dos Sete Pilares da Sabedoria e de tempos idos em que os mais sábios tomavam aprendizes a seu cuidado, para contribuir para a sua educação. Nesta correnteza, deu-me o seu contacto, que mantenho religiosamente desde então, salvaguardando uma oportunidade única.

Claro que nunca escrevi de volta. A porta era demasiado importante, não a sabia, não a podia, abrir.

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