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segunda-feira, setembro 15, 2014

Por acaso 


É o acaso que nos governa […] que nos faz e desfaz como se fôssemos órfãos. Como se afinal, depois deste tempo todo, fôssemos órfãos de nós mesmos (o acaso é aquilo que substitui a vontade nos homens sem vontade).
Daí o tom da improvisação, que tão bem nos define. Daí esta característica: nada é feito com intenção, nada obedece a um propósito, nada se inscreve numa perspectiva ou num pensamento. Em Portugal nunca nada é deliberado, nem sequer a ordinarice.

Marcello Duarte Mathias

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