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quarta-feira, agosto 24, 2016

Cozinha 2 

Seguia-se o frigorífico, que conheceu várias evoluções, sempre em crescendo, com as versões anteriores encontrando o caminho do barraco - mas já lá vamos.
Do outro lado, continuava o degrau de mármore, que tinha subido para se tornar uma pia de cor creme. Do seu ralo, a Rosa tirava os restos de comida depois de lavar a louça, água quente e sabão azul, com os dedos esqueléticos e nodosos.
Chegávamos depois ao esquentador, às máquina de lavar louça e roupa e às gaiolas dos pássaros, antes de rodarmos 90º para chegar à porta do quintal. Era de metal pintado de verde escuro, uma chapa fina na metade de baixo e uma rede de grandes argolas tangentes em cima, defendendo um vidro fosco que não deixava realmente ver nada. O mecanismo da fechadura era um acrescento quadrado em cima do qual havia um aro por onde a minha Avó fazia passar, a modos de tranca, uma pequena barra castanha de metal.
Ao lado encostava-se uma caixa branca que me parece chegou a esconder um tanque, e seguiam-se depois as portas da casa de banho e do quarto da Rosa.



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