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quarta-feira, abril 24, 2019

O POC das maldades 


Lembro-me de pensar durante a primária que todas as maldades que fiz me deveriam ser feitas de volta e de matutar como é que poderia "gerir” a coisa, talvez pedindo para concentrar todo o sofrimento num segundo, para passar mais rápido.

Depois de pensar muito no assunto, concluí que a única maneira justa seria viver exactamente a vida de todos os que magoei, pelo menos na parte em que interagiram comigo.

Foi dessa forma que me converti ao budismo durante uma tarde inteira do ciclo preparatório.

PS: aquele pensamento mágico era imoral porque se baseava na reciprocidade maléfica (o que fizeres de mau, apanhas de volta) e não no “dever fazer”, mas tinha a simplicidade e a pureza da simpatia forçada, quer dizer, de forçar a ver o ponto de vista do outro. Curiosamente, não me lembro de pensar nunca sobre a parte da reciprocidade no bem. Era apenas um sistema de contabilidade para as maldades.

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