sexta-feira, maio 28, 2004
Hopelandic: the (cool) language of Sigur Rós
On the first three albums (von, von brigði, ágætis byrjun), Jónsi (o vocalista) sang most songs in icelandic but two of them (von and olsen olsen) were sung in 'hopelandic'.
Hopelandic (vonlenska in icelandic) is the 'invented language' in which Jónsi sings before lyrics are written to the vocals.
It's of course not an actual language, rather a form of gibberish vocals that fits to the music and acts as another instrument.
Hopelandic got its name from first song which Jónsi sang it on, hope (von).
Irresístivel
Nada como as palavras no original para ponderar devidamente a dita experiência religiosa
starálfur
blá nótt yfir himininn
blá nótt yfir mér
horf-inn út um gluggann
minn með hendur
faldar undir kinn
hugsum daginn minn
í dag og í gær
blá náttfötin klæða mig í
beint upp í rúm
breiði mjúku sængina
loka augunum
ég fel hausinn minn undir sæng
starir á mig lítill álfur
hleypur að mér en hreyfist ekki
úr stað – sjálfur
starálfur
opna augun
stírurnar úr
teygi mig og tel (hvort ég sé ekki)
kominn aftur og alltalltílæ
samt vantar eitthvað
eins og alla vegginna
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starálfur
blá nótt yfir himininn
blá nótt yfir mér
horf-inn út um gluggann
minn með hendur
faldar undir kinn
hugsum daginn minn
í dag og í gær
blá náttfötin klæða mig í
beint upp í rúm
breiði mjúku sængina
loka augunum
ég fel hausinn minn undir sæng
starir á mig lítill álfur
hleypur að mér en hreyfist ekki
úr stað – sjálfur
starálfur
opna augun
stírurnar úr
teygi mig og tel (hvort ég sé ekki)
kominn aftur og alltalltílæ
samt vantar eitthvað
eins og alla vegginna
Sigur Rós
Já vai tarde, mas aproveito assim para lembrar também a Voxx:
ouço Sigur Rós, staráflur, e penso, na verdade, que é a banda sonora de uma experiência religiosa.
quinta-feira, maio 27, 2004
Cof, cof, cof
Engasganço do Bush ao ler Al Graib, Al Graibum, Al Craib, El Caraib, al Caracas.
O episódio é um fait divers, quer dizer, não é importante para a substância do discurso.
Só poderá ser relevante por ser mais um indicador, por acaso consistente com os anteriores, da imagem que se vai construindo do W Bush.
Claro que pode ser uma imagem deturpada e injusta; também no Iraque parecia haver indícios "claríssimos" de existência de armas de destruição maciça... De facto, talvez o futuro prove que o Bush foi o melhor presidente da América.
Uhm... I wonder...
Mourato
Ainda bem que o Mourato vai embora, já não há paciência para o choro meloso "quero comemorar com a minha família, bla bla bla, só penso na minha família, bla bla bla, a taça depois da família".
Além disso, que raio, o clube merece um pouco mais de respeito, ele não venceu sozinho a final, a equipa esteve lá com ele, e ainda o presidente e a sua famosa estrutura.
Daí que só lhe ficasse bem sair com dignidade, e não com a altivez que já é supostamente respeitada como característica sua (respeitada apenas e enquanto não perder, o que é também sinal da baixeza de carácter de quem se deleita no desaire alheio, em especial daqueles que arriscam corajosamente).
Do caneco
Há dois anos, isto não teria estado no reino do possível, pelo menos não no universo para cá da 5ª dimensão.
Mas houve uma inevitabilidade estética da coisa. Eu senti-a.
Claro que só faz sentido repetir esta tolice hoje.
Dia em que tantas e tantas pessoas dizem "obrigado", de forma simples, sem mais, por uma alegria também simples.
O depois
Gelsenkirchen, a de boa memória.
quarta-feira, maio 26, 2004
O antes
Este é o post "antes".
Antes, sente-se ansiedade, incerteza, os minutos passam e não passam os minutos.
E pensa-se: e depois?
Mais logo, no depois, vou pensar, lembras-te? e antes?
Bem, isso será depois. Para já, é antes.
segunda-feira, maio 24, 2004
Tróia
Das minhas passagens pelos clássicos ("Brincando aos clássicos", da também imortal Ana Faria), retenho algumas notas de consistência. Os gregos, esses malandros, davam sobremaneira importância:
- ao respeito pelos pais, pela ascendência de cada um
- à hospitalidade
- ao funeral apropriado dos mortos merecedores
- à intervenção dos deuses junto dos homens e destes junto daqueles (esta promiscuidade nota-se também no facto de, volta e meia, deuses e heróis terem comportamentos muito pouco louváveis)
e acima de tudo,
- à imortalidade conquistada pelas acções heróicas dos indivíduos, ao serviço do bem de muitos
Quanto ao tema que nos traz aqui, o famoso filme:
- pintaram Aquiles como um bruto dominado pela ambição e pela raiva, temerário, sem controlo de si; enfim, um pouco menos heróico do que gostaria
- gostei da cena em que Heitor e Aquiles se vestem para a batalha e da encenação dos saltos de Aquiles, no primeiro combate e contra Heitor (não gostei por aí além das restantes cenas de batalhas)
- resume-se 10 anos em 12 dias, o que se compreende, aquilo já durava há quase 3 horas
- notei a influência insidiosa do Senhor dos Anéis (quem prova não esquece): senti um ar de Mr. Frodo no Párias, aquele grande malandreco que fazem sobreviver no fim, ao contrário do que merecia
quarta-feira, maio 19, 2004
A vida é injusta...
On 20th Mar 1975 ...
The Number 1 single was:
The Bay City Rollers - "Bye Bye Baby"
The Number 1 album was:
Tom Jones - "20 Greatest Hits"
Mas que cenas eram estas em '75?
"Bye bye baby"?
E logo num dia em que, ao contrário de tantos outros, até nasceu um bébé...
terça-feira, maio 18, 2004
1º Acto
Avelino Ferreira Torres recusa pagar a multa imposta pelo Instituto do Desporto a propósito dos incidentes causados no Estádio do Marco de Canavezes, no final de Fevereiro. Ferreira Torres não só ainda não pagou a coima como apresentou recurso em tribunal. Porque alega não ter sido responsável por «incitamento à violência».
Quanto ao facto de ter entrado no relvado, Torres terá explicado que pagou a coima mínima de imediato à GNR e, como tal, recusa-se a voltar a pagar. Só que o cheque que pagava a coima voltou à procedência (ou seja, às mãos de Ferreira Torres) porque, segundo a lei, é ao presidente do IDP que compete a aplicação das coimas por actos de violência no desporto (e não à GNR).
Resta a acusação de «incitamento à violência». Neste caso, Ferreira Torres alega simplesmente que não é responsável. Ou seja, que não provocou qualquer acto violento.
Claro.
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Quanto ao facto de ter entrado no relvado, Torres terá explicado que pagou a coima mínima de imediato à GNR e, como tal, recusa-se a voltar a pagar. Só que o cheque que pagava a coima voltou à procedência (ou seja, às mãos de Ferreira Torres) porque, segundo a lei, é ao presidente do IDP que compete a aplicação das coimas por actos de violência no desporto (e não à GNR).
Resta a acusação de «incitamento à violência». Neste caso, Ferreira Torres alega simplesmente que não é responsável. Ou seja, que não provocou qualquer acto violento.
Claro.
quarta-feira, maio 12, 2004
Uma só há Uma
Como é possível ser tão bonita ensaguentada?
quarta-feira, maio 05, 2004
Perspectiva
Afinal já não vou estar com a semana impossível que pensava, ainda bem para mim, ainda mal para o país.
Parece arrogante mas é a verdade. Não posso revelar pormenores, sob pena da minha vida correr riscos acrescidos.
Difícil por as coisas em perspectiva, lembra-me uma tira da Mafalda em que o... Joãozinho? olhava para um prédio distante, fechava um olho, comparava, braço estendido, com o seu polegar e concluía que o polegar era claramente maior. Até por que era dele.
FC super P
Sinto um ímpeto, diria mesmo, uma inevitabilidade histórico-estética na vitória do Porto na final.
Espero que o Mónaco e o Chelsea a sintam também e façam a sua parte nesta peça cósmica, tal como Judas relutante mas competentemente desempenhou a sua.